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Os favoráveis à reabertura da Estrada do Colono, que ligava as regiões Oeste e Sudoeste do Paraná cortando o Parque Nacional do Iguaçu, tiveram um fôlego a mais na semana que passou. Isso porque a desembargadora e relatora do processo, que corre no Tribunal Regional Federal (TRF), em Porto Alegre, pediu a reabertura dos documentos que envolvem o fechamento da estrada. O pedido aconteceu na terça-feira (10), dia em que seria dada como encerrada a questão, mas o julgamento acabou não acontecendo. Para que o processo não fosse julgado, uma caravana de autoridades de Medianeira, Serranópolis do Iguaçu e Capanema, acompanhada de advogados, foi até Porto Alegre.De acordo com o prefeito de Serranópolis do Iguaçu, José Sehn, apesar dos esforços sempre concentrados pela reabertura da estrada, nem mesmo os mais otimistas esperavam que a apelação encabeçada por Medianeira e endossada pelos outros dois municípios fosse aceita. “Nossa defesa foi muito boa, e o processo foi reaberto”.Para convencer a desembargadora Silvia Maria Golçalves Goraieb, a defesa mudou o discurso de anos atrás, quando a estrada era palco de confrontos entre população, policia e forças armadas. A desordem e a invasão do parque foram substituídas pelo diálogo e pelos meios legais. “Queremos debater a melhor forma de podermos aproveitar essa riqueza do parque. Se não for pela reabertura completa, que seja por uma trilha, ou algo do gênero. Queremos que fique bom para os dois lados”, diz o prefeito, que se refere às partes que são a favor e contra a reabertura. “Estamos prontos para dialogar, mas o que não pode acontecer é deixar essas duas regiões isoladas ou sem aproveitar do parque”, frisa. José Sehn entende que Oeste e Sudoeste, divididos pelos 17 quilômetros de mata atlântica, perdem em questões culturais, econômicas e sociais.Agora, segundo ele, devem ser discutidos entre as partes alguns projetos e possibilidades de utilização do parque que possam ser incluídos no plano de manejo do PNI. O julgamento deve acontecer somente depois que a desembargadora rever o processo, que ao todo tem 4,5 mil páginas e trata principalmente dos danos ambientais causados com a abertura da estrada no meio do parque.

Saiba Mais
A estrada do Colono, ou Caminho do Colono, como também é conhecida, foi aberta na década de 1940 e se transformou no elo entre os colonizadores que vinham de Santa Catarina e Rio Grande do Sul para a região Oeste do Paraná. Ela permaneceu aberta até 12 de setembro de 1986, quando foi fechada pela primeira vez. A reabertura aconteceu 11 anos mais tarde, em março de 1997, porém, a estrada foi definitivamente fechada em 2001. Serranópolis tem 56% do total de sua área composta por fauna e flora do Parque.

Assessoria de Imprensa
20/11/2009