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Representantes de mais de 20 municípios se reuniram em Medianeira na sexta-feira (12) em uma reunião com o Desembargador Conciliador álvaro Junqueira, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região de Porto Alegre, RS (TRF4), para discutir a possibilidade de reabertura do Caminho do Colono.
Segundo o prefeito de Serranópolis do Iguaçu a reunião foi proveitosa e o Caminho do Colono nunca esteve tão perto de ser reaberto.
São 17 quilômetros que cortam o Parque Nacional do Iguaçu (PNI) ligando Serranópolis do Iguaçu no Oeste a Capanema no Sudoeste. A travessia no rio Iguaçu era feita através de balsa. Desde o seu fechamento inúmeras vezes manifestantes abriram a força o caminho, que chegou a funcionar durante alguns anos. Em 2001 foi definitivamente fechada em uma ação conjunta da Polícia Federal e Exército Brasileiro. 
Em dezembro de 2009 uma equipe foi a Porto Alegre para uma reunião no TRF onde sensibilizaram os representantes do TRF4 e conseguiram marcar um novo encontro para o mês de janeiro de 2010. Na reunião de janeiro foi designado um Desembargador Conciliador para vir até os representantes dos municípios e ouvir os anseios sobre a estrada.
 “O Desembargador veio para tentar uma conciliação, ou seja, para os municípios fazerem uma proposta em relação à Estrada do Colono. Ele queria sentir dos representantes o que realmente queremos, e o que queremos é preservar a história dessa estrada”, garantiu José Arlindo Sehn, prefeito de Serranópolis do Iguaçu.
A proposta consistiu em que se estabelecesse o contato com a estrada fosse de bicicleta, caro pequeno ou moto. Uma estrada controlada com horários específicos para o tráfego que poderia variar de acordo com a mudança de horário.
O prefeito informou que segundo o desembargador que sobrevoou o PNI e verificou a situação atual do antigo leito em alguns trechos a mata está quase fechada, mas é possível identificar claramente o traçado da estrada.
“Agora vamos elaborar uma proposta com os advogados encarregados, depois de esta proposta aceita, com ou sem alterações que podem ser sugeridas, será elaborado o projeto da estrada em parceira com o PNI e Justiça Federal. Se cada parte ceder um pouco o caso pode ser resolvido”, destacou José Sehn.
“Nunca houve uma possibilidade tão clara para a reabertura. Pela primeira vez há um diálogo entre governantes municipais e Justiça Federal. Tudo sempre foi conflito, o que não está acontecendo agora. Estamos tentando de uma maneira amigável, queremos a estrada, a ecologia, a educação ambiental e o turismo. Queremos fazer tudo sem atingir a fauna e a flora”, finalizou o prefeito.
Caso tudo ocorra como esperado, depois do processo concluído a coordenação e administração da estrada ficará a cargo do PNI.